domingo, 11 de abril de 2010

Resenha #9 - Forró do Observatório

Fala moçada! Novamente eu, Cláudio Morávia, com uma resenha a respeito de um projeto que faz a alegria dos forrozeiros. Hoje, venho falar sobre o bastante comentado Forró do Observatório. O forró leva o nome da casa, famosa principalmente pelos projetos de música sertaneja e outros projetos que movimentam o estabelecimento, por sua vez localizado na Rua Senador Miltom Campos, logo ao lado da Torre AltaVilla e do prédio da Fiat. Carinhosamente me referirei ao projeto como “OBS”.

Deixo claro que as informações contidas nesse texto são apenas relatos e opiniões de seu redator. Então, vamos lá? Geograficamente o OBS é vizinho do Forró das Seis Pistas, ou seja, no bairro Vila da Serra, em Nova Lima. Parece longe, para a maioria é longe de fato! Mas de maneira prática ambos projetos ficam a menos de 1-2km do BH Shopping. Em função da distância entre o OBS e o BH Shopping e pelo fato do projeto acontecer no domingo, chegar ao projeto por transporte público é, em minha opinião, impraticável. A linha 4033 passa pela rua, é raro vê-lo por lá aos domingos. Para os que vão de carro a localização é tranqüila para estacionar, nesse processo existem duas opções: pague 10 reais de estacionamento para casa e ande poucos metros no plano horizontal ou pague nada e ande poucos ou muitos metros no plano quase vertical. O muito ou pouco dependerá do horário de chegada, porque a maneira que a casa enche – e sempre enche – a fila de carros vai se estendendo ladeira abaixo. Fica a critério do forrozeiro, particularmente eu não me incomodo em subir ladeira acima. Ponto bom é que ladeira abaixo não tem nem flanelinha, portanto, caminho com prazer.

O Forró do Observatório é um projeto muito bem sucedido, percebe-se que várias variáveis contribuem para isso. A casa conta com um numero grande de funcionários, desde seguranças até caixas. A casa opta por um processo de cadastro manual de cada um que passa pela porta, no entanto, as funcionárias que efetuam o cadastro são tão eficientes que, mesmo em horário de pico, não demora-se mais de cinco minutos para entrar. A casa não segura fila, no entanto, é sujeita a lotação. Mais de uma vez optei por chegar tarde e já não haver mais entrada masculina, apenas mulheres e casais. Julgo que nesta resenha não é o melhor veiculo para discutir a política da casa de estabelecer critérios de lotação diferentes para os sexos, então forrozeiro, previna-se chegando cedo. Ao final do forró, a equipe da casa também é super eficiente para o acerto das cartelas, que é o sistema adotado. Embora no horário de pico de saída haja fila, esta também flui rapidamente. No critério profissionalismo e staff: PARABÉNS, OBSERVATÓRIO.

O espaço físico do OBS é razoável. O primeiro andar possui banquinhos e um balcão do lado direito, no esquerdo apenas o balcão do bar. Nesse primeiro andar está o pessoal mais dançante. No andar de cima ficam algumas mesinhas e mais um espaço com balcão e banquinhos, ali ficam geralmente os grupinhos e a galera menos dançante. No entanto, o i dança nos dois andares. Como o primeiro andar geralmente é muvucado, ter opção de subir e descansar é de ouro. Quem prefere ficar no meio do movimento estará bem servido também.

Me sinto incomodado as vezes com a lotação da casa. Claro que a casa quer e precisa ganhar dinheiro, nunca julgo esse fator, mas algumas vezes – em período de férias – me encontrei em situações de não conseguir sequer andar pela casa, quanto mais dançar. Nesta ultima visita a quantidade de pessoas estava ótima. Já a ventilação é um ponto crítico, o lugar é repleto de janelas de blindex, bastante amplas, no entanto não possui ventiladores distribuídos e correntes de ar ficam por conta de um exaustor no telhado. A coisa funciona muito bem quando a casa não está lotada, não está chovendo (pois fecha-se as janelas) e não se está dançando. Qualquer alteração nessas variáveis tende a deixá-lo incomodado com o calor. É um ponto que uma casa do nível do OBS poderia certamente investir mais. No mais os banheiros também merecem destaques, limpos, bem-cuidados e bem-equipados.

Já ouvi inúmeras críticas ao OBS de que “lá o pessoal não dança!” – MENTIRA, o Observatório tem seus freqüentadores fiéis, converge forrozeiros de carteirinha e também o pessoal que só quer descontrair e tomar uma gelada em preparação pra Segundona.

Outra crítica: “Lá só tem almofadinha zona sul!” – Isso confere. Não creio que esta seja a forma adequada de conceituar uma pessoa, mas sim, seja pela localização ou perfil e preços da casa, o OBS acaba selecionando seu público. A forma de vestir dos freqüentadores é nitidamente mais “bem arrumada” do que se vê em outros forrós. Não se deixe intimidar por este tipo de informação, que deve ser tomada apenas como um fato, sem juízos de valor embutidos.

Em contrapartida o próprio perfil da casa traz um benefício que traduzo em uma linha: “quer ver, conversar e dançar com gente bonita… vá ao Observatório”. Pois o local realmente se destaca nesse ponto. Detalhe para os solteiros: é bom pra paquerar! Também conhecido por: lá rola pegação!

Quanto a discotecagem, lá funciona aparentemente com rodízio de DJs, eu não saberia repassar quais os nomes que tocam por lá e qual a ordem, o fato é o seguinte: já ouve dias ótimos e dias medíocres. Então no geral eu diria que é um tiro no escuro, mas que vale arriscar. Quem freqüenta lá com mais freqüência, por favor, colabore com esta informação! O bar e a entrada são um pouco mais caros que o normal, é verdade, mas devemos ver que a localização e estrutura oferecida pela casa também refletem no custo. Por fim, digo que o gasto, nesse caso, vale a pena.

Em suma, o Forró do Observatório tem um clima um pouco diferente dos forrós mais tradicionais, no entanto, no meu ponto de vista, ele é tão bom quanto, visto que suas peculiaridades também agregam valor ao projeto. A quem tem certo preconceito com o lugar, por qualquer argumento, meu conselho é: vá, experimente, você pode se supreender!!!”.

Um dos diferenciais é que o Observatório está localizado em um dos pontos mais altos de BH, o que confere um vista panorâmica da cidade. De lá se enxerga 80% da nossa linda Belo Horizonte, para os apaixonados pela cidade como eu, é sempre um plus poder olhar a vista; ao pensar nisso o bairro Vila da Serra nem parece ser tão distante. Pela região existem também alguns mirantes estratégicos (matéria pra outras resenhas) que podem garantir o pós-forró de domingo, já que o Rei do Pastel não abre. (^^)

PONTO FRACO: discotecagem pouco consistente, ventilação (certamente um clichê), desconforto por eventual lotação.

PONTO FORTE: estrutura exemplar da casa.

NUANCE: público bonito, vista SENSACIONAL.

Última visita: 14/03/2010

Forte Abraço,

Cláudio Morávia..

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