domingo, 11 de abril de 2010

Resenha #7 - Forró do Arcadium

Fala moçada do blog! Eu, Cláudio Morávia, estou novamente com uma resenha fresquinha, desta vez sobre o Forró do Arcadium, realizado no Arcadium Bar, situado na Rua Santa Rita Durão, 645, logo ali, próximo a Sorveteria São Domingos, entre Getulio Vargas e Rio Grande do Norte.

Reafirmo que toda a resenha deve ser lida tendo em vista que constitui apenas a descrição e opinião de seu redator. Comecemos pelo ponto forte do Forró do Arcadium: localização! A região da Savassi viabiliza fácil acesso a quem utiliza o transporte público e, para quem dirige, vale a informar que o local conta com várias vagas próximas ao estabelecimento e que, por ser movimentado é relativamente seguro transitar por ali na chegada ou saída do projeto.

Realizado na quinta-feira, a localização central também facilita que os forrozeiros de plantão emendem ali após outros programas, coisa permitida também pelos horários da casa, que começou a esvaziar só pelas 2:50 am.

A casa, infelizmente, possui um espaço físico inadequado para um projeto dançante. Calma!!! Vou me explicar. O bar possui dois ambientes acústicos, mas para uma melhor distinção descreverei que ela conta com quatro ambientes, infelizmente pouco espaçosos. Certamente o bar foi feito onde antes era uma residência. Para não ficar abstrato, descreverei cada ambiente.

1) Sala Central: logo que se adentra a casa, você se vê em uma sala de dois ambientes, separados por um pequeno muro vazado. Ali existe um bar e a mesa do DJ. O piso é de cimento revestido, mas bem áspero, com algumas pedrinhas incrustadas e vários desníveis. O balcão do bar fica em uma extremidade, o que não causa problemas, mas murinho vazado que divide as salas ao meio, as mesas e cadeiras nas extremidades e a mesa do DJ limitam o espaço já restrito da pequena sala para dançar. Ali é o coração do bar e, portanto muita gente fica por ali em pé o que constitui uma restrição a mais.

2) Temakeria/Creperia: um ponto forte da casa é o ambiente, a esquerda da Sala Central, onde fica o balcão do Mini-restaurante. Ali o ambiente é mais tranqüilo, há algumas cadeiras altas no balcão e quem está querendo um pouco de distância da muvuca, fica por ali. Vi poucos casais dançando ali, parece que o clima deste ambiente é mais light mesmo, o piso é igual ao da Sala Central.

3) Deck: seguindo em frente passa-se em frente aos banheiros (bem conservados, limpos, e com material de higiene, parabéns para o Arcadium!) e logo em frente, desce-se um pequeno lance de degraus e você se encontra em um Deck com várias cadeiras altas e balcões nas paredes. Piso de cimento revestido liso, bom piso. Para quem quer descansar, beber, enfim, ficar um pouco distante da muvuca, o Deck é o melhor lugar para montar base. No entanto, esse ambiente é bem pequeno para dançar e fica na passagem da sala central para o Ambiente do Palquinho.

4) Palquinho: seguindo o deck encontra-se mais um lance de degraus que levam a um corredor com mais um bar e a uma saleta retangular, onde a frente está um palco. O piso é o mesmo do ambiente anterior, bom para dançar, no entanto, a sala é pequena (não excede 12×4m². Sim! É estreita.) e EXTREMAMENTE mal ventilada.

Obs.: O primeiro ambiente acústico compreende os “cômodos” 1, 2 e 3. O segundo, portanto, compreende o 4.

Vamos pegar o gancho da ventilação. Por ser um ambiente fechado e pequeno, com isolamento acústico, já fica complicado. Nos ambientes 1 e 4 a situação é critica devida a aglomeração do público, nos ambientes 2 e 3 é bem mais fresco. A casa conta com ventiladores e, peço perdão aos leitores, não atentei à presença de ar-condicionado.

Bom, dadas as referencias de espaço físico, minha opinião final é de que este complica um projeto dançante no local. Em contrapartida opções de alimentação são ótimas e o cardápio do bar é bem variado (long necks, tequila, drinks, etc.), aos pinguços de plantão, o Arcadium Bar oferece algo que pouco ou nenhum projeto oferece: cerva 600ml. Como referências temos o refri e água a R$2,50, Stella Artois (long) a R$4,50 e Original (600ml) a R$4,90. Como visto, são preços bastante razoáveis. A decoração é de um discreto rock bar, meio rústico/simples, meio rock, não desagrada ao mesmo tempo em que não é destaque.

No entanto, minhas críticas sobre a casa são veementes. O estabelecimento adota o sistema de cartela e realiza um cadastro na chegada. Eu não cheguei tarde ao local (por volta de 11:20pm) e, notoriamente o estabelecimento não estava próximo da lotação. Mesmo assim permaneci na fila bem uns 40 minutos. Tanto a fila masculina como a feminina estavam lentas. Ao passar pelo cadastro atribui grande parte da demora a esse processo, que de longe, poderia ser mais eficiente como é o do Observatório (merece ser citado neste ponto), onde apesar de segurar um pouco a entrada, o cadastro é ágil. Infelizmente na saída, tive a mesma frustração, realiza-se o pagamento da cartela no mesmo guichê do cadastro. O processo agora era outro, mas também demorei bastante, apesar de dois guichê, do horário avançado e cerca de 15 pessoas na minha frente. As opções de pagamento são normais, aceitam cartão de débito, para cartões de crédito acredito que devam consultar. No entanto, fui bem tratado por todos os funcionários, 100% do tempo.

A música é boa. Na Sala Central o DJ faz seu papel, mostrando o repertório convencional que agrada a todos. Senti que ele seguia uma ordem de músicas sem muito critério, mesclando meio caoticamente as rápidas, lentas, xotes, instrumentais, as mais Pé-de-serra e as mais moderninhas. Busquei uma segunda opinião sobre isso e encontrei um posicionamento análogo, mas esse detalhe só interessa aos mais críticos. Outro ponto forte do projeto é ter uma banda residente, que toca no ambiente do Palquinho (ver Ambientes Acústicos, descritos acima). A banda Arco e Flecha fica por conta do som ao vivo, e tocando um repertório variado também faz seu papel. Convido aos leitores a fazer comentários sobre a banda, pois não escutei o suficiente para formar uma opinião.

O público que vi no projeto não é dos mais dançantes, contava com uma ou outra figura carimbada dos forrós. Todavia todos meus convites para dançar foram bem aceitos, o público, forrozeiro e não-forrozeiro, mais dançante ou menos dançante, era animado.

Em suma, o Forro do Arcadium é um projeto de características atípicas em geral. Mesmo com diferenças gritantes para com os demais projetos que estão funcionando a casa tem segurado público por bastante tempo, o que indica que, embora o projeto tenha me desagradado em alguns pontos determinantes, agrada a muitos outros. Resta saber se, você leitor, se identifica com o projeto. Minha opinião resume-se na conclusão de que o Arcadium enquanto forró é um excelente Rock Bar.

PONTO FORTE: localização, banheiros exemplares, temakeria/creperia.

PONTO FRACO: demora na entrada e saída, ambiente físico inadequado para dança.

NUANCE: dança-se pouco e o público é um pouco diferente do público tradicional de forró.

Visitado em 25/02/2010

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