sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Artigo: Forró da hora é forró na hora

Freqüento forró há mais de 10 anos. Praticamente todas as vezes que fui/vou ao forró, fico um bom tempo na porta esperando o local abrir.

Aí todo mundo pergunta: "Se você sempre fica esperando, por que raios você não passa a chegar mais tarde?"

Simples: Eu não tenho carro, gente! Eu sou pobre, a pé... Então, como sair de casa meia noite pra chegar no lugar quando ele estiver aberto e bombando? Nem tem transporte coletivo nesse horário e, se tem, é perigoso demais ficar passeando de busão de madrugada, né? Afinal de contas, eu sou uma moçoila!

E tem mais: Eu sou forrozeira solitária. Vou muito ao forró sozinha, então a espera fica mais desagradável ainda. Imaginem a situação: sozinha, de ônibus e depois sentada no meio-fio na porta do forró? Deprimente, né?

Sempre, enquanto espero (no meio-fio, sozinha, etc.), fico pensando: Custa abrir na hora? Se tem um horário marcado, por que não deixar as pessoas que chegam nesse horário entrar?

Eu entendo que os organizadores, como estratégia de marketing, gostem de uma fila na entrada... Assim quando a casa abre não fica aquele vazio desconfortável de uma pessoa só. Mas e as pessoas que leram o horário no flyer e chegaram na hora? Onde fica o respeito para com essas pessoas?

Se a casa vai abrir às 23:30, divulguem esse horário de abertura. Assim as pessoas que gostam e podem sair tarde vão chegar e formar a querida fila de vocês. Mas se o horário divulgado é 21:00hs ou 22:00hs, abram a casa nesse horário, mesmo que seja pr'aquela uma pessoinha que chegou cedo por que ama o forró e talvez o seu projeto a ponto de sair de casa de ônibus pra te prestigiar.

É por isso que eu digo: Forró da hora é forró na hora.

Continue lendo >>

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Encerramento do Projeto Forró BH

Pessoal,

Depois de muito pensar, decidi encerrar esse projeto.

Quando criei o blog, a minha intenção era fornecer aos forrozeiros de Belo Horizonte uma informação que eu mesma sentia falta. Várias e várias vezes procurei na internet informações sobre locais para dançar, programação, etc. e nunca encontrava. Assim, resolvi criar este espaço.

Com o passar do tempo o blog fez sucesso. Mais do que eu esperava. Muitas pessoas elogiaram, outras quiseram fazer parte do projeto... Enfim, depois de menos de um ano de blog, chegamos ao primeiro lugar nas buscas do Google!

Como qualquer projeto de sucesso, surgiram pessoas que viram nessa idéia uma possibilidade de ganhar dinheiro. E assim, surgiram outros sites direcionados para o mesmo público.

O problema disso foi a falta de ética com que essas pessoas se comportaram. O site BH Forró e o site Forró de Minas roubaram conteúdo do meu blog. Descaradamente. Eles copiaram até mesmo o aviso que eu havia colocado na página com a programação diária. As informações que estavam erradas no meu blog, até a última vez que olhei, também estavam erradas nos sites deles, o que prova a cópia.

Foi essa falta de ética que me fez chegar a conclusão de que o meu objetivo já foi cumprido, e chegou ao fim. Não quero entrar em concorrência. Não quero transformar o meu blog em uma empresa. O meu objetivo sempre foi o de produzir informação. Agora há muita gente produzindo essa mesma informação, o que faz com que o Forró BH fique obsoleto.

Agradeço a todas as pessoas que me apoiaram nesse projeto. Preciso citar algumas nominalmente:

DJ Leandro, do extinto Forró de Cabo a Rabo, e agora com o Forró do Getúlio;
O Thiago, da banda Trio Ladainha e também do Forró do Getúlio;
DJ Hugo, também conhecido como DJ Ganso, do Forró da Serra;
O Cláudio, forrozeiro e um excelente redator;
Fernando, do Portal Pé de Serra, que cedeu seu espaço gentilmente para que ampliasse esse projeto.
O pessoal do Coletivo Pé de Serra, que sempre esteve à disposição;
Maik, do Trio Clandestino, que também sempre deu o seu empurrãozinho.

Muitas outras pessoas passaram por aqui. Algumas estavam sempre presentes nos comentários, mandando e-mails, enfim, me apoiando nessa idéia.

Agora o projeto chega ao fim. Se você está procurando informação sobre forró, tenho certeza que há outros sites que podem fornecê-la.

O que eu espero, do fundo do meu coração, é que essas novas iniciativas não se percam na vontade de ganhar dinheiro e popularidade e deixem de fornecer o que sempre foi o objetivo principal de um blog/site de forró: fornecer informação sobre forró.

Muito obrigada, e até algum forró por aí.

UPDATE:

Obrigada por todas as manifestações de apoio e carinho dos meus leitores e amigos. Espero firmemente que um dia todos entendam o valor da ética e da honestidade. Por enquanto, sigo com o blog "desligado". Mas nada é pra sempre, não é verdade?

Continue lendo >>

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Coletivo Pé de Serra - Desabafo - 8 de maio


Já cantava Marinês, A Rainha do Xaxado, na música “Desabafo”:

“...Cada um sabe
O sapato onde aperta
Minha porta é aberta
Qualquer um pode entrar
Não ligo, faço, aconteço
No outro dia eu esqueço
Pra de novo começar
A minha vida sem chorar
E quem quiser pode falar
Falar, falar, falar, falar, falar, falar
Que eu não vou mudar...”

Há mais de uma década que vivemos, respiramos, amamos o forró. Aqui em Belo Horizonte, longe das origens nordestinas, tentamos ao máximo nos aproximar da proposta cultural que mestres como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro nos ensinaram.

Pensando no resgate e manutenção desta cultura centenária nasce, da união de músicos, djs, produtores, entusiastas, estudiosos, articuladores e forrozeiros, o Coletivo Pé de Serra.

O coletivo propõe a criação de uma articulação séria e organizada dentro e fora da capital mineira, para reinvidicarmos politicamente melhorias para o nosso circuito, que sempre foi tão marginalizado e ignorado.

Dia 08 de maio acontece, no Lapa Multshow, a festa “Desabafo” com cinco trios integrantes deste coletivo. São elas: Trios Gandaiêra, Ladainha, Lampião, Balancê e Baião Caçula. A discotecagem nos intervalos ficará por conta de músicas especialmente selecionadas pelos membros desta organização, sob responsabilidade do DJ Guilazul.

Chegou a hora do nosso desabafo. Venha soltar o grito conosco e participar de uma festa histórica que irá mostrar que o forró merece seu reconhecimento. Torne-se um membro do Coletivo Pé de Serra.



Serviço:
A festa “Desabafo” acontece dia 08 de maio, sábado, a partir das 22 horas no Lapa Multshow, que fica na Rua Álvares Maciel, 312 - Sta Efigênia. Entrada a R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia). Reservas e informações no (31) 3241-2074 ou pelo site do Coletivo Pé de Serra www.coletivopedeserra.com.br.

Continue lendo >>

terça-feira, 20 de abril de 2010

Forró na Torre | Mais cedo no feriado - às 19hs


:: Forró na Torre, especialmente às 19hs no dia 21/04 ::
:: Rua Senador Milton Campos, 155, Altavilla Center Class ::
:: www.forronatorre.com.br ::

Continue lendo >>

Trio Lampião e Virgulino no Lapamultshow na véspera de feriado

Hoje (20/04) tem Trio Lampião e Trio Virgulino no Lapa.


É mais uma opção de Forró na véspera de feriadão!

Onde:
Lapamultshow - Rua Álvares Maciel, 312 - Santa Efigênia

Horário:
22hs

Quanto custa:
R$10,00 (meia-entrada)

A casa aceita cartões de débito no bar. Ingresso, só com dinheiro!

Continue lendo >>

domingo, 11 de abril de 2010

Forró BH de volta! - Agora protegido por direitos autorais

Bom dia, forrozeiros de BH!


Devido a alguns problemas técnicos com a atualização do layout do Portal Pé de Serra, o Forró BH volta a publicar via Blogspot, temporariamente.

Por causa da criação de um outro site que retirou algumas informações do nosso blog, nós estamos de volta, mas agora protegidos por Creative Commons!

Se você gostou de algum artigo, resenha, post, ou qualquer outra coisa do blog e quer usar no seu site, entre em contato conosco! Teremos um grande prazer em permitir o uso, desde que não nos prejudique!

Bem vindos de volta!

Equipe Forró BH


Continue lendo >>

Resenha #9 - Forró do Observatório

Fala moçada! Novamente eu, Cláudio Morávia, com uma resenha a respeito de um projeto que faz a alegria dos forrozeiros. Hoje, venho falar sobre o bastante comentado Forró do Observatório. O forró leva o nome da casa, famosa principalmente pelos projetos de música sertaneja e outros projetos que movimentam o estabelecimento, por sua vez localizado na Rua Senador Miltom Campos, logo ao lado da Torre AltaVilla e do prédio da Fiat. Carinhosamente me referirei ao projeto como “OBS”.

Deixo claro que as informações contidas nesse texto são apenas relatos e opiniões de seu redator. Então, vamos lá? Geograficamente o OBS é vizinho do Forró das Seis Pistas, ou seja, no bairro Vila da Serra, em Nova Lima. Parece longe, para a maioria é longe de fato! Mas de maneira prática ambos projetos ficam a menos de 1-2km do BH Shopping. Em função da distância entre o OBS e o BH Shopping e pelo fato do projeto acontecer no domingo, chegar ao projeto por transporte público é, em minha opinião, impraticável. A linha 4033 passa pela rua, é raro vê-lo por lá aos domingos. Para os que vão de carro a localização é tranqüila para estacionar, nesse processo existem duas opções: pague 10 reais de estacionamento para casa e ande poucos metros no plano horizontal ou pague nada e ande poucos ou muitos metros no plano quase vertical. O muito ou pouco dependerá do horário de chegada, porque a maneira que a casa enche – e sempre enche – a fila de carros vai se estendendo ladeira abaixo. Fica a critério do forrozeiro, particularmente eu não me incomodo em subir ladeira acima. Ponto bom é que ladeira abaixo não tem nem flanelinha, portanto, caminho com prazer.

O Forró do Observatório é um projeto muito bem sucedido, percebe-se que várias variáveis contribuem para isso. A casa conta com um numero grande de funcionários, desde seguranças até caixas. A casa opta por um processo de cadastro manual de cada um que passa pela porta, no entanto, as funcionárias que efetuam o cadastro são tão eficientes que, mesmo em horário de pico, não demora-se mais de cinco minutos para entrar. A casa não segura fila, no entanto, é sujeita a lotação. Mais de uma vez optei por chegar tarde e já não haver mais entrada masculina, apenas mulheres e casais. Julgo que nesta resenha não é o melhor veiculo para discutir a política da casa de estabelecer critérios de lotação diferentes para os sexos, então forrozeiro, previna-se chegando cedo. Ao final do forró, a equipe da casa também é super eficiente para o acerto das cartelas, que é o sistema adotado. Embora no horário de pico de saída haja fila, esta também flui rapidamente. No critério profissionalismo e staff: PARABÉNS, OBSERVATÓRIO.

O espaço físico do OBS é razoável. O primeiro andar possui banquinhos e um balcão do lado direito, no esquerdo apenas o balcão do bar. Nesse primeiro andar está o pessoal mais dançante. No andar de cima ficam algumas mesinhas e mais um espaço com balcão e banquinhos, ali ficam geralmente os grupinhos e a galera menos dançante. No entanto, o i dança nos dois andares. Como o primeiro andar geralmente é muvucado, ter opção de subir e descansar é de ouro. Quem prefere ficar no meio do movimento estará bem servido também.

Me sinto incomodado as vezes com a lotação da casa. Claro que a casa quer e precisa ganhar dinheiro, nunca julgo esse fator, mas algumas vezes – em período de férias – me encontrei em situações de não conseguir sequer andar pela casa, quanto mais dançar. Nesta ultima visita a quantidade de pessoas estava ótima. Já a ventilação é um ponto crítico, o lugar é repleto de janelas de blindex, bastante amplas, no entanto não possui ventiladores distribuídos e correntes de ar ficam por conta de um exaustor no telhado. A coisa funciona muito bem quando a casa não está lotada, não está chovendo (pois fecha-se as janelas) e não se está dançando. Qualquer alteração nessas variáveis tende a deixá-lo incomodado com o calor. É um ponto que uma casa do nível do OBS poderia certamente investir mais. No mais os banheiros também merecem destaques, limpos, bem-cuidados e bem-equipados.

Já ouvi inúmeras críticas ao OBS de que “lá o pessoal não dança!” – MENTIRA, o Observatório tem seus freqüentadores fiéis, converge forrozeiros de carteirinha e também o pessoal que só quer descontrair e tomar uma gelada em preparação pra Segundona.

Outra crítica: “Lá só tem almofadinha zona sul!” – Isso confere. Não creio que esta seja a forma adequada de conceituar uma pessoa, mas sim, seja pela localização ou perfil e preços da casa, o OBS acaba selecionando seu público. A forma de vestir dos freqüentadores é nitidamente mais “bem arrumada” do que se vê em outros forrós. Não se deixe intimidar por este tipo de informação, que deve ser tomada apenas como um fato, sem juízos de valor embutidos.

Em contrapartida o próprio perfil da casa traz um benefício que traduzo em uma linha: “quer ver, conversar e dançar com gente bonita… vá ao Observatório”. Pois o local realmente se destaca nesse ponto. Detalhe para os solteiros: é bom pra paquerar! Também conhecido por: lá rola pegação!

Quanto a discotecagem, lá funciona aparentemente com rodízio de DJs, eu não saberia repassar quais os nomes que tocam por lá e qual a ordem, o fato é o seguinte: já ouve dias ótimos e dias medíocres. Então no geral eu diria que é um tiro no escuro, mas que vale arriscar. Quem freqüenta lá com mais freqüência, por favor, colabore com esta informação! O bar e a entrada são um pouco mais caros que o normal, é verdade, mas devemos ver que a localização e estrutura oferecida pela casa também refletem no custo. Por fim, digo que o gasto, nesse caso, vale a pena.

Em suma, o Forró do Observatório tem um clima um pouco diferente dos forrós mais tradicionais, no entanto, no meu ponto de vista, ele é tão bom quanto, visto que suas peculiaridades também agregam valor ao projeto. A quem tem certo preconceito com o lugar, por qualquer argumento, meu conselho é: vá, experimente, você pode se supreender!!!”.

Um dos diferenciais é que o Observatório está localizado em um dos pontos mais altos de BH, o que confere um vista panorâmica da cidade. De lá se enxerga 80% da nossa linda Belo Horizonte, para os apaixonados pela cidade como eu, é sempre um plus poder olhar a vista; ao pensar nisso o bairro Vila da Serra nem parece ser tão distante. Pela região existem também alguns mirantes estratégicos (matéria pra outras resenhas) que podem garantir o pós-forró de domingo, já que o Rei do Pastel não abre. (^^)

PONTO FRACO: discotecagem pouco consistente, ventilação (certamente um clichê), desconforto por eventual lotação.

PONTO FORTE: estrutura exemplar da casa.

NUANCE: público bonito, vista SENSACIONAL.

Última visita: 14/03/2010

Forte Abraço,

Cláudio Morávia..

Continue lendo >>

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO  

Creative Commons License
Forró BH by Rebeca Ribeiro is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 3.0 Brasil License.
Based on a work at forrobh.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://forrobh.blogspot.com.